terça-feira, 23 de novembro de 2010

Metodos anticoncepcionais




Métodos Anticoncepcionais
Na sociedade atual, o planejamento familiar é muito importante para a qualidade de vida, pois só assim para garantir um futuro digno para os descendentes.
Para isso, foram criados vários métodos contraceptivos, ou seja, métodos que evitem a gravidez.

Métodos de barreiras
São métodos onde se cria literalmente uma barreira física para a fertilização.

- Camisinha masculina
A camisinha é feita também de látex, material que tem certa elasticidade. Ela é colocada no pênis ereto do homem, com o objetivo de barrar os espermatozóides logo após a ejaculação. Na ponta, é muito importande deixar uma parte vazia sem ar, para que ali fique o esperma. Caso contrário, a camisinha pode estourar ou o esperma subir até a base do pênis, tendo contato com o corpo feminino.

A camisinha, além de evitar a gravidez, também evita a aquisição de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), como sífilis, gonorréia, AIDS, etc. É um método barato e acessível a todas as camadas da sociedade, fazendo com que seja o método contraceptivo mais adotado no mundo. A sua eficácia fica em torno de 96%, se utilizada corretamente.

- Camisinha feminina
É um “saco” feito de mesmo material que a camisinha masculina, que possui dois anéis nas extremidades. Um serve para facilitar a introdução da camisinha na vagina, e o outro serve para segurar a camisinha na vulva, protegendo os pequenos e grandes lábios também. Evita a aquisição de DSTs e AIDS. A eficácia contra a gravidez é de aproximadamente 97%.


- Diafragma
É uma pequena cúpula feita de látex ou silicone, que deve ser introduzido na vagina momentos antes da relação sexual. Ele se encaixará na entrada do útero, obstruindo-o. Essa obstrução evita que os espermatozóides encontrem o óvulo (ovócito secundário). É altamente recomendado que se utilize juntamente com uma pomada espermicida, para aumentar a eficácia. Deve ser removido somente seis horas após a ejaculação do homem, para garantir que todos os espermatozóides ja tenham morrido. A eficácia desse método é de aproximadamente 80%.

Métodos hormonais ou químicos

- Método injetável
Com uma seringa são injetados hormônios que evitam a ovulação em certo período (mensal ou trimestral). Após a interrupção das injeções, é possível engravidar seis meses depois. Sua eficácia é de aproximadamente 98,5%. Deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico.

Esse método não é recomendado para mulheres acima de 35 anos e fumantes, pois pode trazer algumas complicações para a saúde. Também deve ser evitado o uso por mulheres que tiveram trombose, glaucoma, problema cardiovascular, hepatites, hipertensão, neoplastias, diabetes, entre outros. O uso em períodos de amamentação pode prejudicar a produção de leite.

- Implante
São implatados no braço pequenos bastões que contêm hormônios, que impedem a ovulação e são liberados gradativamente, por até 5 anos. Após a interrupção do uso desse método, é possível engravidar após um ano.

- Pílula do dia seguinte
Contém grande quantidade de hormônios (levonorgestrel), que cria um ambiente desfavorável aos espermatozóides e também evita a ovulação. É utilizada em casos de emergência, como um furo na camisinha, ou vazamento de esperma, etc. Não deve ser utilizada com muita frequência, pois pode desregular o ciclo menstrual. Eficácia de 99,9%. Deve ser tomada em até 4 dias após a relação sexual, após esse período, a eficácia da pílula cai bastante. Ela somente previne a gravidez de relações sexuais anteriores, não futuras.

- DIU – Dispositivo intra-uterino
É uma peça de plástico banhada de cobre, material que funciona como espermicida. O DIU é colocado dentro do útero pelo médico, durante o período menstrual, quando o colo do útero está mais aberto. O dispositivo pode ficar por muitos anos no útero, mantendo a sua eficácia, desde que tenha acompanhamento do ginecologista. Não protege contra DSTs, e em caso de uma possível gravidez (eficácia de 98%), pode ter efeito abortivo.

Métodos comportamentais
São métodos que se baseiam apenas no comportamento dos individuos que praticam o ato sexual.

- Coito interrompido
Consiste em retirar o pênis de dentro da vagina momentos antes da ejaculação. Esse método é bastante falho, pois antes da ejaculação é expelido outro líquido, lubrificante, que também contém espermatozóides capazes de fecundar o óvulo.

- Muco ou Billings
A mulher introduz o dedo na vagina a fim de perceber o nível de umidade e viscosidade do muco vaginal, detectando assim se está no dia fértil ou não. Assim ela pode evitar ter relações sexuais nos dias em que o risco de gravidez é maior. É importante que a verificação seja feita com o muco da vagina, e em momentos em que não se tenha excitação sexual, pois esta aumenta a umidade. É um método falho, pois depende muito da interpretação da mulher, e também porque outros fatores podem influenciar na consistência do muco, como calcinhas apertadas, infecções, excitação, etc. Esse método serve mais para saber o dia em que se deve ter relações sexuais afim de ter uma gravidez do que evitá-la.

- Tabelinha
É uma tabela do ciclo hormonal e fértil da mulher, detectando assim, os dias em que pode ter relações sexuais com menor risco de gravidez.
Todo mês, deve-se marcar em um calendário a data de início da menstruação. Isto deve ser feito por no mínimo seis meses, para que se tenha uma informação correta sobre o ciclo hormonal. O número de dias entre as menstruações dividido por dois indica o meio do ciclo. Nos três dias antes e depois do meio (incluindo o dia de referência), não se deve ter relações sexuais, ou utilizar camisinha.

Toda mulher possui um ciclo hormonal diferente, então é muito importante ficar os seis meses criando a tabela com as informações dos ciclos. Por exemplo, uma mulher que inicia o ciclo menstrual no primeiro dia do mês, e tem outra menstruação no dia 28, tem um ciclo menstrual de 28 dias, sendo férteis os dias 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17, quando o óvulo está sendo liberado.
Se no período de “testes” for detectado uma variação maior que 10 dias entre os ciclos mais longos e curtos, esse método não é recomendado. Também deve ser evitado por mulheres que têm o ciclo irregular, seja por qualquer motivo. Importante lembrar que nem sempre os dias do ciclo serão numericamente iguais aos do mês.

Métodos cirúrgicos

- Laqueadura ou Ligação de Trompas
É uma intervenção cirúrgica, onde as trompas da mulher são amarradas ou cortadas, evitando com que o óvulo e os espermatozóides se encontrem. É um método definitivo, ou seja, depois que a laqueadura é feita, é impossível engravidar novamente. Deve ser um método utilizado com muita certeza do que se está fazendo. Muitas mulheres se arrependem anos após a realização da esterilização, mesmo que tenham dito ter certeza do que queriam fazer. Só é indicado para mulheres maiores que 25 anos que já tenham pelo menos 2 filhos.


- Vasectomia
É uma cirurgia feita na bolsa escrotal do homem, por onde passa o canal deferente. Esse canal é cortado, impedindo que os espermatozóides cheguem ao esperma. Isso não faz com que o homem fique impotente, nem prejudica a produção de testosterona pelos testículos. Esse método contraceptivo só é feito por recomendação médica, sendo requisitos ter no mínimo 25 anos ou dois filhos vivos, e ter passado por grupos educativos, pois é um processo irreversível.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Japão

É impressionante a constatação de que o Japão hoje é uma grande potência mesmo após a Segunda Guerra Mundial, onde se viu arrasado. Sua reconstrução se deu a partir da formação da poupança interna e a conquista dos mercados externos e, diferentemente da Europa, quase sem utilizar os capitais norte-americanos.

Vários fatores foram decisivos para essa retomada, tais como:

  • Baixo custo da mão-de-obra;

  • Fragilidade do movimento sindical;

  • Grande volume de poupança popular;

  • Grande volume de investimento em educação;

  • Economia voltada inteiramente à exportação e, conseqüentemente à captação de recursos monetários (principalmente dólar);

  • Balança comercial totalmente superavitária devido à desvalorização do yene e à valorização do dólar, dessa forma os seus produtos eram baratos no exterior.

Política econômica

O conjunto de fatores acima levou os produtos japoneses à invadirem o mercado consumidor dos Estados Unidos, revertendo sua posição de exportador a investidor.

Aos poucos, as indústrias que antes eram as precursoras do desenvolvimento do Japão (siderurgia e naval) foram sendo substituídas por outras de maior penetração e comercialização, tais como: automobilística e eletrônica, a exemplo da década de 70 com a informática e a micro-eletrônica.

Aspectos geo-econômicos

O Japão apresenta concentração da população numa área de pouco mais de 500 km de extensão (Tókio-Osaka) o que além de causar centralização da economia, causa uma série de problemas urbanos.

Sendo assim, vem desenvolvendo uma política de distribuição da produção industrial por outras áreas de seu território a fim de incrementar / distribuir seu crescimento. Como parte dessa política também vem construindo pontes / túneis ligando as ilhas periféricas à parte mais industrializada localizada mais ao centro-sul (Shikoku-Honshu).

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Revolução Industrial

A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.

A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.

Etapas da industrialização Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial: 1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor. 1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor. 1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica ;Artesanato, manufatura e maquinofatura
O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o arte­são trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.Na maquinofatura, o trabalhador estava sub­metido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial

IRRADIAÇÃO TÉRMICA

A irradiação ou radiação é o processo mais importante de propagação de calor, pois é através dele que o calor do Sol chega até a Terra. Sem esse processo não haveria vida na Terra.

A irradiação é o processo de transferência de calor através de ondas eletromagnéticas, chamadas ondas de calor ou calor radiante.

Enquanto a condução e a convecção ocorrem somente em meios materiais, a irradiação ocorre também no vácuo.

De um modo geral podemos dizer que, em diferentes quantidades, todos os corpos emitem energia radiante devido a sua temperatura. Estas radiações, ao serem absorvidas por outro corpo, provocam, nele, uma elevação de temperatura.

Quando uma pessoa está próxima de um corpo aquecido, em geral, recebe calor pelos três processos: condução, convecção e irradiação. Quanto maior for a temperatura do corpo aquecido, maior será a quantidade de calor transmitida por radiação.

Muito se associa o conceito de temperatura de cor com a sensação térmica psicológica que elas causam ou com o calor físico dissipado por uma fonte de luz, mas na verdade o termo é usado para indicar com precisão a cor aparente de uma luz emitida, ou seja, o seu matiz.

TEORIA DA COR: TEMPERATURA DE COR (parte 1)

O uso do termo temperatura está associado aos experimentos do físico britânico William Thomson, também chamado de Lord Kelvin, que no século XIX criou um método que podia mensurar o desvio da luz branca e definir exatamente quando um corpo começa a irradiar luz visível. Esse experimento consistia em aquecer um bloco de carbono (mais tarde chamado de “corpo negro”) até o ponto de sua fusão. Kelvin percebeu que o calor faz com que um corpo comece a produzir energia, e conforme a sua temperatura aumenta, produz luz em diversos comprimentos de ondas visíveis, gerando vários matizes. Até certa temperatura as ondas de calor irradiam ondas infravermelhas, portanto não visíveis aos olhos, passando por todas as ondas do espectro visível até chegar às ondas ultravioletas, também invisíveis aos olhos humanos. A partir dessas temperaturas, aferidas na grandeza kelvin (onde 0K = -273,3ºC), criou-se uma escala que relaciona um matiz gerado por uma fonte de luz com o calor necessário para consegui-lo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

GLÂNDULAS

Hormônios
Os hormônios são o produto de secreção destas glândulas. Têm como característica principal estarem presentes em toda a circulação, desta maneira banhando todas as células, e exercerem sua ação distantes de sua origem. A palavra "endócrino" significa "secretar diretamente em", e descreve bem estas glândulas, visto que elas secretam hormônios direto na corrente sanguínea. À medida que o coração bombeia o sangue pelo corpo, os hormônios vão a grande velocidade para vários destinos, onde realizam seu trabalho.

Para que os hormônios executem suas funções, é preciso haver boa comunicação entre as muitas partes do corpo. Todos nós temos complexos sistemas de comunicações que transmitem informações para manter-nos vivos e funcionando suavemente: o sistema endócrino e o sistema nervoso.

É claro que também se pode enviar mensagens por meio de muitos barcos, na sua grande rede de canais. No corpo, mensageiros químicos (hormônios) viajam pela corrente sanguínea ou por outros fluidos.

Se assemelharmos a corrente sanguínea aos canais, então os hormônios são como frotas de barcos que levam mensagens de um lado para o outro, de muitas origens para muitos destinos. Os hormônios viajam para os músculos, órgãos ou glândulas bem distantes do ponto de origem. Chegando ao destino, ativam uma série de complexas reações químicas para realizar seu objetivo.

Exemplos
Tireóide
Paratireóide
Glândula supra-renal ou Adrenal
Hipófise
Pineal
Ovários
Testículos

Glândulas exócrinas

As glândulas exócrinas são muito mais numerosas que as glândulas endócrinas e muitos dos seus produtos são por nós bem conhecidos. As glândulas exócrinas multicelulares segregam os seus produtos através de um ducto (canal) na superfície do corpo ou nas cavidades corporais. As glândulas exócrinas desempenham diversas funções. Incluem as glândulas sudoríparas que segregam o suor, as glândulas sebáceas que segregam gordura, as salivares, as biliares, o pâncreas que segrega enzimas digestivas, as glândulas mamárias, as glândulas mucosas e muitas outras. As glândulas exócrinas unicelulares não possuem ducto e são células simples interpostas, num epitélio, entre outras com outras funções.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Revolução Industrial



A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.

A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e encerrou a transição entre feudalismo e capitalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Completou ainda o movimento da revolução burguesa iniciada na Inglaterra no século XVII.



Etapas da industrialização


Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:



1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.



1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.



1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica

Fonte :http://www.culturabrasil.pro.br/revolucaoindustrial.htm

terça-feira, 28 de setembro de 2010

D.Pedro 1 seus cinflitos


Reações ao processo de Independência

Em algumas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos, ligados a Portugal, não queriam reconhecer o novo governo de D. Pedro I. Nestas regiões ocorreram muitos protestos e reações políticas. Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia ocorreram conflitos armados entre tropas locais e oficiais.

Constituição de 1824

Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os poderes do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo ano, o imperador, insatisfeito com a Assembléia Constituinte, ordenou que as forças armadas fechassem a Assembléia. Alguns deputados foram presos.

D.Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição. Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Além de definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.

A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis para senador).

Guerra da Cisplatina

Este foi outro fato que contribuiu para aumentar o descontentamento e a oposição ao governo de D.Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, conflito pelo qual esta província brasileira (atual Uruguai) reivindicava a independência. A guerra gerou muitas mortes e gastos financeiros para o império. Derrotado, o Brasil teve que reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se chamar República Oriental do Uruguai.

Confederação do Equador

As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a Confederação do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente e autônomo do governo central. A insatisfação popular com as condições sociais do país e o descontentamento político da classe média e fazendeiros da região com o autoritarismo de D.Pedro I foram as principais causas deste movimento.

Em 1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento separatista e declarou guerra ao governo imperial.

O governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias separatistas. Muitos revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém a insatisfação com o governo de D.Pedro I só aumentou.

Desgaste e crise do governo de D.Pedro I

Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D.Pedro I estava extremamente desgastado. O descontentamento popular com a situação social do país era grande. O autoritarismo do imperador deixava grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as revoltas e movimentos sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.

Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico do governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a desconfiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.

Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D.Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com atos de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que ficou conhecido como “A Noite das Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D.Pedro I entraram em conflitos de rua com os opositores.

Abdicação

Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D.Pedro percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder.

Em 7 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com apenas 5 anos de idade. Logo ao deixar o poder viajou para a Europa.